Desde novembro do ano passado estava doida por esse livro. Até que no início desse mês minha querida mainha generosa me deu. Confesso que toda vez que eu o pegava pra ler, ficava vários minutos só olhando pra capa. Fala sério, eles são muito lindos né?
A história é toda contada em cartas escritas por Charlie, que não conta pra quem está escrevendo, e dá nomes fictícios aos personagens pois não quer que eles sejam identificados, e também não envia o seu endereço porque não quer que o destinatário descubra quem ele é. Apenas diz que fica muito feliz em escrever para alguém (como se fosse um diário).
Durante a leitura, parecia que eu era o “Querido amigo” ao qual ele se referia, e é muito bom quando você sente que o personagem está escrevendo pra você. Charlie é um menino de quinze anos, e que aparentemente, sofre de alguma doença ( suspeito que seja de autismo), pois em várias partes ele fala que tinha crises de choros e surtos, e também era acompanhado por um psiquiatra. Charlie é um garoto sensível, tímido, e que fala de assuntos bastante pesados e polêmicos com tamanha inocência e naturalidade que impressiona. Ele conta sobre momentos que vivencia, como o primeiro beijo, as primeiras amizades no novo colégio, problemas na sua família; e também sobre assuntos polêmicos como gravidez na adolescência, homossexualidade, drogas, violência, sexo, etc.
Uma característica que gosto muito e que está presente no livro são as referências musicais, literárias e cinematográficas, como o livro O Apanhador no Campo de Centeio que li esse ano. E uma curiosidade, que fiquei sabendo graças a Melina Souza:
Sobre o título original do livro: “wallflower” traduzido literalmente significa “flor de parede” e é uma expressão utilizada para descrever uma pessoa tímida, que tem medo de se realacionar socialmente e não atrai muito interesse/atenção. Isso descreve muito o Charlie!
E um dos meus trechos preferidos: ” Então, eu acho que somos o que somos por uma série de razões. E talvez nunca saberemos a maioria delas”.
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